Todos os livros didáticos e cursos expõem seus conteúdos a partir de uma organização lógica prévia, um esquema de todo o conteúdo que julgam relevante, tudo muito organizadinho em tópicos e subtópicos segundo a ordem lógica que mais se aproxima da ordem natural das coisas. Imagine um sumário de um manual ou livro didático.
A minha experiência é a de que esse método serve muito bem para ninguém entender nada. A organização lógica perfeita de um campo de conhecimento é o resultado final de um estudo, não o seu início. As pessoas que escrevem esses manuais e dão esses cursos, mesmo quando sabem do que estão falando (um acontecimento aparentemente raro), o fazem a partir do seu próprio ponto de vista, atingido após uma vida de dedicação ao assunto (ou então copiando outros manuais e livros didáticos, o que eu chutaria que é o método mais comum).
Para o neófito, a melhor maneira de entender algo é através de imersões em micro-tópicos, sem muita noção da posição daquele tópico na hierarquia geral da ciência.
- Revista Educativa, um exemplo de como não ensinar nada às crianças.
- Zettelkasten, a ordem surgindo do caos, ao invés de temas se encaixando numa ordem preexistentes.